A vontade agradável de Deus

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Introdução:

ü “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:1 e 2)
ü A vontade de Deus é perfeita! Porque é expressão do que Deus é – perfeito. Tudo o que procede de Deus é perfeito.
ü Para que experimentemos a vontade agradável de Deus, precisamos ser transformados, e não nos conformarmos mais com o mundo.
ü Vamos examinar o texto de Romanos 12:1 e 2.

Desenvolvimento:

1. Apresenteis aquilo que é agradável a Deus

ü O v.2 diz que a vontade de Deus é que é agradável, pois na verdade o v.2 é uma resposta ao v.1.
ü O assunto aqui é o oferecer-se a Deus como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus como um culto racional.
ü Este sacrifício esta relacionado ao sacrifício que era oferecido no V.T. – Ver Levítico 3:1-5. O que é agradável aqui é o ser queimado e consumido sobre o altar de Deus.
ü Tudo que for oferecido a Deus precisa primeiro passar pela experiência de morte.
ü Este é o motivo pelo qual muitos não experimentam a vontade perfeita de Deus. (Ex.: Batismo)

2. Não vos conformeis com este século

ü No grego é: Não vos esquematizeis a esta era (sistema mundano).
ü A vontade de Deus não poderá ser feita na base de esquemas e moldes humanos e naturais.
ü A nossa boa intenção neste processo nos impede de conhecer a vontade agradável de Deus. Observe:
ü Caim ofereceu uma oferta ao Senhor (Gn. 4:3-7) – Observe  Caim, teve uma boa intenção (motivação) em oferecer uma oferta à Deus, mas foi qualquer oferta, baseou-se naquilo que achava que era o correto, presumiu! Mas foi rejeitado por Deus.
ü Saul preserva Agague e o melhor do rebanho (I Sm. 15:3, 7-9, 13-15, 22) – A intenção foi boa, afinal quis guardar o melhor do rebanho para oferecer a Deus em sacrifício. Porém desobedeceu a Deus, e foi rejeitado por conta disso.
ü Marta fazendo muitas coisas para agradar Jesus (Lc. 10:38-42) – Abençoar Jesus com seus serviços, essa foi a intenção de Marta ao andar de um lado para o outro, preocupado com muitas coisas. O mestre a repreendeu, e sua boa intenção se tornou exemplo de como não servir a Jesus!

3. Mas transformai-vos pela renovação da vossa mente

ü O experimentar da vontade agradável de Deus requer uma transformação de mente.
ü Essa transformação só acontece por meio de uma renovação, de uma restauração da nossa mente.
ü Isso acontece através da Palavra de Deus. Ela é a verdade que liberta. (Jo. 8:32)
ü Existe, porém uma grande diferença entre conhecer e experimentar! Deus nos chama para experimentar – esta é a Sua vontade!

4. Porque muitos perecem sem conhecer a vontade de Deus?

ü Por quê não confiam que a vontade de Deus seja boa o bastante
ü Por quê não entendem o valor de se ter este conhecimento
ü Por quê não desejam ardentemente este conhecimento


Conclusão e Apelo:

ü Quantos estão dispostos a experimentar a boa, agradável e perfeita, vontade de Deus?!




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20 formas básicas de motivar

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20 formas básicas de motivar

Naturalmente a melhor forma de motivar os outros é estando nós mesmos motivados. Uma pessoa motivada é contagiosa, ela contamina a todos ao redor.
Motivar uma pessoa é infundir nela uma disposição e uma vontade de realizar uma tarefa. Como líderes deveríamos ser de tal forma motivados que as outras pessoas pudessem ser inspiradas pelo nosso estilo de vida.
Ainda que um líder não possa produzir motivação ele pode criar certas circunstâncias favoráveis de encorajamento e motivação. A maior habilidade de um líder deve ser justamente a de conseguir motivar seus liderados. Uma coisa é você mandar alguém fazer um trabalho, mas outra completamente diferente é você conseguir despertar nele o desejo de fazer o trabalho. Alguém nessa situação será muito mais produtivo, criativo, com disposição para trabalhar além do proposto, não necessitará ser supervisionado o tempo todo e naturalmente fará o trabalho com prazer e alegria. Esse, sem dúvida, é o grande segredo da liderança eficiente.
Há uma gama enorme de diferentes coisas que podem motivar uma pessoa à ação. Todavia, nosso alvo é levá-las a fazer o que deve ser feito pelas razões corretas. Por isso precisamos ser cuidadosos em como motivamos nossos liderados.
As pessoas do mundo vivem debaixo de um sistema de recompensa, ou seja, elas dão o máximo de si mesmas quando percebem que há uma recompensa interessante pelo seu trabalho. Isso pode soar como algo errado para os cristãos, mas mesmo nós tendemos a fazer as coisas que nos beneficiam de algum modo. Naturalmente há outras coisas que influenciam o nosso comportamento como valores, convicções e fé, mas a recompensa é algo importante e precisamos considera-la quando falamos de motivação.

20 formas básicas de motivar
1. Colocando o membro numa posição nova de autoridade. Nunca promova alguém simplesmente porque ele está na igreja há muitos anos ou porque ele tem trabalhado duro, mas reconheça os frutos.
2. Dando apropriado reconhecimento, louvor, elogio e encorajamento. Estas são indiscutivelmente as mais importantes recompensas que um líder pode dar para aqueles que trabalham com ele. As pessoas precisam saber que são queridas e apreciadas (Pv. 15:23). Lembre-se que as pessoas tendem a retribuir a atitude que o líder demonstra em relação a elas. Se um líder honra e serve aqueles a quem lidera, ele muito provavelmente receberá honra e reconhecimento em resposta. Todavia evite recompensar qualquer ato insignificante pois isso pode desvalorizar seu elogio.
3. Envolvendo a pessoa no processo de tomada de decisões. Isto demonstra que ela é importante e sua opinião confiável para nós. As pessoas apóiam aquilo que elas ajudaram a criar.
4. Investindo em treinamentos que possam melhorar o desempenho da equipe. Invista para trazer pessoas que possam efetivamente melhorar o desempenho da equipe. Isto obviamente dá oportunidade para que a pessoas aumente as suas habilidades e campo de atuação na igreja.
5. Dando maior liberdade de ação e de tomadas de decisão. Pastores são sempre temerosos de darem maior liberdade aos seus líderes porque temem perder o controle ou que algo ruim aconteça. Todavia permita o máximo possível que seus líderes sejam os seus próprios chefes. Isso estimula a criatividade e a responsabilidade.
6. Fornecendo suporte financeiro. Para a maioria dos irmãos isto não seria aplicável, mas a situação é diferente quando se trata de alguém que tem dado tempo integral ao trabalho da igreja.
7. Estando certo de que o trabalho está sendo feito pela pessoa certa. Se alguém está tentando fazer algo para o qual não foi preparado ele gastará uma quantidade enorme de energia com pouco ou nenhum resultado. Lembre-se porém que as vezes o problema é que a pessoa não foi treinada, ou não recebeu direção do que efetivamente deve ser feito ou porque não tem as ferramentas necessárias para a tarefa.
8. Demonstrando honesto interesse e cuidado pelas pessoas a quem lideramos, isto é, estando consciente de suas necessidades, temores e ambições. Líderes frios, insensíveis, desinteressados, impessoais e indiferentes raramente conseguem a colaboração plena da igreja. Um líder nunca deveria parecer estar mais preocupado com seus próprios interesses do que com o povo a quem lidera. Se o povo percebe que está apenas senso usado pelo líder sua motivação cairá rapidamente.
9. Estando certo de que cada líder tem tudo o que é necessário para liderar com eficiência. É impressionante ver como as pessoas se motivam ao trabalho quando há algum equipamento novo para ser manuseado. A área de música é particularmente sensível a isso, mas outros equipamentos como infraestrutura de secretaria, fotocópia e computador podem ser fonte de motivação prá toda a liderança..
10. Reconhecendo o valor do trabalho realizado. Isto deveria preferivelmente ser feito publicamente, mas pode também ser feito através de reuniões especiais como um jantar com os líderes, fazendo uma dedicação ou unção pública ou mesmo através de uma simples carta de reconhecimento do pastor.
11. Demonstrando sincera apreciação. É muito importante deixar o obreiro perceber que é reconhecido. Se alguém trabalha e o seu trabalho nunca é percebido ou mencionado, por fim ele se perguntará se o seu trabalho é realmente importante. Pessoas que são reconhecidas tornam-se mais seguras e dispostas a fazer muito mais.
12. Estabelecendo padrões altos (mas razoáveis). Não permita que pessoas sejam constituidas como líderes sem critérios claros. Não tenha receio de que uma atitude assim possa desmotivar as pessoas. Ninguém deseja fazer parte de algo desorganizado e medíocre. Por outro lado sentimo-nos honrados quando somos postos como líderes em uma organização onde todos reconhecem o alto nível de seus líderes. Num primeiro momento pode desmotivar a massa do povo a se tornarem líderes, mas por fim servirá como uma triagem onde somente os mais sérios e comprometidos se disporão para o trabalho.
13. Mantendo o povo bem informado. Uma informação apropriada serve como poderoso agente motivador. Precisamos dar informações precisas sobre alvos alcançados, gerenciamento financeiro e andamento da obra. Use todo tipo de comunicação visual: boletins, cartazes, banners, etc.
14. Certificando de que a igreja está crescendo e os alvos estão sendo alcançados. As pessoas gostam de saber que estão associadas a algo que está obtendo sucesso. Lembre-se que a medicridade tende a reproduzir-se, ou seja, líderes medíocres tendem a se reproduzir nos liderados. Ninguém quer torcer para um time derrotado, mas todos se motivam quando seu time está ganhando. Um alvo alcançado é uma alavanca na motivação de todos os membros.
15. Criando um ambiente estável e seguro. Se o povo percebe que o pastor planeja partir ou planeja ficar por um período curto na igreja isso vai produzir instabilidade e desmotivação. Todos nós tememos crises e na iminência delas ficamos ansiosos e apáticos.
16. Celebrando cada alvo alcançado Isto é particularmente importante para a equipe de líderes. A simples idéia de se pertencer a uma equipe coesa é altamente motivante. Todas as vitórias devem ser celebradas. As celebrações são o combustível para novas realizações. Seja festivo e comemore aniversários e outros eventos importantes para os membros da equipe.
17. Estando certo de que cada um atingirá o alvo proposto. Não há nada mais desmotivante que o fracasso. Todo pastor é também responsável pelo fracasso de seus líderes na medida em que podemos impedi-los de começar algo que sabemos que eles não podem realizar.
18. Dando liberdade para erros e equívocos. Isto vai produzir em nossos líderes a coragem para correr riscos, tomar a iniciativa e serem criativos. Não precisamos temer dar esta liberdade porque não existe nada que um líder deseje evitar mais que os erros. Se nossos líderes têm recebido o treinamento apropriado não precisamos nos preocupar com os possíveis erros. Eles serão apenas mais uma oportunidade de crescimento e aprimoramento.
19. Fazendo críticas apropriadas e construtivas. Quando você tiver de criticar alguém lembre-se de elogiar a pessoa e criticar apenas o trabalho. Não devemos temer fazer correções pois a falta delas apenas estimula o relaxo e a mediocridade. Jamais comece uma conversa pela crítica porque isso coloca as pessoas na defensiva e nessa possição elas não nos ouvem. Comece elogiando e realçando os seus pontos fortes e só então introduza as críticas. Ao final da conversa ofereça sua ajuda e suporte demonstrando à pessoa que ela tem a nossa confiança para realizar o trabalho.Uma crítica adequada deveria conter pelo menos quatro elementos:
      ü  Deveria levar a pessoa a entender claramente o seu erro;
      ü  Deveria mostrar a pessoa como corrigir eu erro;
       ü   Deveria demonstrar à pessoa que ela é apreciada e que o seu trabalho é relevante;
      ü  Deveria encorajar a pessoa a fazer o melhor no futuro.
20. Fazendo correções necessárias. Quando alguém está tornando-se deliberadamente preguiçoso e relaxado é melhor sermos diretos e objetivos. A pessoa precisa perceber que sua atitude está prejudicando o trabalho como um todo. Todo líder deve entender que às vezes é necessário utilizarmos nossa autoridade para o bom andamento da obra. Isto pode parecer desmotivante para quem é indisciplinado, mas é altamente motivante para os demais membros, pois demonstra sinal de firmeza e segurança e de que não vamos desistir de nossos objetivos finais

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Setes aspectos da Igreja

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Sabemos que o propósito eterno de Deus e o desejo do Seu coração é ter a Igreja. Assim, se faz necessário saber o que é a Igreja. Ela não é simplesmente um grupo de pessoas, também não é apenas dois ou três reunidos no nome do Senhor. A Igreja é Deus, em Cristo, unido com a humanidade. Deus, em Cristo, uniu-se a Seus escolhidos e redimidos.
O alvo de Deus é unir-se conosco. O Pai, o Filho e o Espírito estão todos em nós (Ef 4.6; 2Co 13.5; Jo 14.17). De acordo com a primeira epístola de João, estamos em Deus, e Ele está em nós (1Jo 4.15). No evangelho de João, lemos que nós permanecemos nEle, e Ele em nós (Jo 15.4). Na carta aos Filipenses, lemos a seguinte declaração de Paulo: “para mim, o viver é Cristo” (Fp 1.21). Escrevendo aos Gálatas, afirmou: “já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gl 2.20). Todos esses versículos indicam que Deus está unido a nós.
A Bíblia diz que a Igreja é o Corpo de Cristo, não como mera ilustração, mas um fato, uma realidade. Na primeira carta aos Coríntios, Paulo revela que o Corpo é Cristo (1Co 12.12). Assim, Cristo não é somente a Cabeça, mas também o Corpo.
Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, constituem um só corpo, assim também com respeito a Cristo. (1Co 12.12)
Esse fato é provado também pela ilustração da videira no capítulo 15 do evangelho de João. No versículo 5, o Senhor Jesus disse: “Eu sou a videira, vós, os ramos”. A videira não está nos ramos? Certamente sim! Como ramos da videira, tudo o que Cristo é está em nós. Isso significa que fomos feitos partes de Cristo, assim como os ramos da videira são partes dela. Portanto, devemos ter a ousadia de dizer: “Eu sou parte de Cristo”. Visto que os crentes são partes de Cristo, Paulo podia dizer que, para ele, o viver era Cristo.
A Igreja é um grupo de pessoas nas quais Deus colocou a Si mesmo. Isso não quer dizer, no entanto, que nos tornaremos Deus. Cremos que a Igreja se unirá a Deus e se tornará a própria expressão de Deus.
Muitos sabem somente sobre ser salvo, nascer de novo, tornar-se filho de Deus e, algum dia, ir para o céu. Mas o propósito eterno de Deus é muito superior a isso. Esse propósito é ter uma Igreja constituída pelos que foram cheios Dele e unidos com Ele.
Talvez, em lugar de dizermos que somos membros do Corpo de Cristo, poderíamos dizer que somos parte de Cristo. Eu sou uma parte de Cristo, você é outra parte e, quando essas partes se encontram debaixo do encabeçamento de Cristo, temos a plenitude do corpo. Isso é extremamente poderoso.
Cada uma de nossas células precisa entender essa verdade e trabalhar para a edificação de uma casa para Deus. A Igreja é a habitação de Deus, é o lugar onde estamos nele e Ele está em nós. Quando vivemos uma vida de uns aos outros, estamos começando a construir essa casa espiritual para a habitação divina.
A célula é a expressão da Igreja, e edificar a célula é edificar a Igreja. Muitos, porém, veem a célula apenas como uma reunião de irmãos numa casa, mas ela é muito mais que isso. Para edificarmos a célula de forma apropriada, precisamos ter clareza do que é a Igreja. Na Palavra de Deus, podemos encontrar inúmeras definições da Igreja. Gostaria de mencionar ao menos sete dessas definições bíblicas para que o Espírito Santo possa trazer revelação ao nosso espírito.

1. O mistério do propósito eterno de Deus
Paulo diz que a Igreja é o mistério de Deus (Ef 1.9-10). A Igreja nada mais é que Cristo em nós. De fato, a divindade veio habitar dentro da humanidade para glorificá-la. Deus não colocou apenas um pouco do Seu poder em nós, Ele colocou a Si mesmo em nosso espírito humano. O homem natural pensa que somos loucos quando dizemos que temos Cristo habitando dentro de nós, pois esse é um grande mistério para o mundo.
O mistério que estivera oculto dos séculos e das gerações; agora, todavia, se manifestou aos seus santos; aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória. (Cl 1;26-27)
O mistério que esteve oculto desde a eternidade é Cristo habitando no homem. Deus, hoje, habita dentro de nós, pois esta é a única maneira de Ele realizar Sua obra no homem, habitando dentro dele. Isso é um mistério: o Pai Se colocou dentro de nós. A vida de Deus foi injetada dentro do homem como se fosse um “santo vírus”: tem um ciclo de incubação, maturação e reprodução. Uma pessoa infectada por um vírus inicialmente nem percebe, porque primeiro ele fica incubado. Somente mais tarde, quando o vírus tiver cumprido o seu ciclo, manifesta-se a doença. A mesma coisa acontece conosco. Temos dentro de nosso espírito o “santo vírus” da vida divina. Um dia, ela se manifestará em sua plenitude e, quando isso acontecer, todos verão que somos filhos Seus porque nos tornaremos tal qual Ele é.
Hoje, nós temos a vida de Deus, vivemos a vida com a qual o próprio Deus vive, pois Ele já a colocou dentro de nós. Nós somos a habitação do Senhor; Ele habita dentro do homem. Este é o centro de todo o evangelho.
A diferença entre o cristianismo e todas as demais religiões é que todas elas ensinam ao homem um caminho para agradar a Deus. O cristianismo, porém, não ensina um caminho. Jesus nunca disse que veio para nos ensinar um caminho, Ele apenas disse: Eu sou o caminho! Ele nunca disse “Eu vou orar a Deus para que vocês tenham vida”, ou “Eu vou ensinar uma maneira de vocês terem vida”. Ele apenas afirmou: “Eu sou a vida”. Ele nunca disse que veio nos ensinar a verdade, simplesmente, afirmou: “Eu sou a verdade”. Por isso, Paulo diz que todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos em Cristo. Onde esse Cristo está hoje? Em nosso espírito. Nós carregamos dentro de nós a sabedoria de que precisamos. Ser cristão nada mais é que se deixar ser conduzido por esse Cristo que habita em nosso interior. Ser Cristão é permitir que Ele seja tudo em nós.
Quando Jesus diz “Eu sou o caminho”, está afirmando que é o caminho para vencer o pecado e os vícios, está dizendo que é o caminho para se ter um bom casamento, ser próspero e até ter saúde. Muitos querem fórmulas e métodos para alcançar todas estas coisas, mas não há. Ele é o caminho. Se estivermos nEle, venceremos. As pessoas sempre me pedem para lhes ensinar alguns passos para vencerem isso ou alcançar aquilo. Contudo, não há passos, há o caminho, que é Cristo. Quanto mais de Cristo fluir em nós, mais teremos das bênçãos de Deus.
O Senhor Jesus está tão próximo de nós que nem mesmo no céu Ele poderá estar mais perto, porque Ele está dentro de nós. Desfrutando de uma união assim, nós podemos ter verdadeira intimidade com o Senhor. O problema é que, às vezes, o ignoramos ou nos relacionamos com Ele de maneira religiosa, natural e meramente intelectual. A Igreja só pode ser edificada por aqueles que desfrutam da vida e da presença do Senhor em seu espírito.

2. O Corpo
Em Efésios 1.22-23, lemos que a Igreja é o Corpo de Cristo, a plenitude dAquele que a tudo enche em todas as coisas. A Igreja é a plenitude de Cristo, e a palavra plenitude significa expressão. Assim, a plenitude ou a expressão de Cristo é a Igreja. Assim como nosso corpo é a nossa expressão, o Corpo de Cristo, a Igreja, é Sua expressão e plenitude. Só podemos conhecer alguém pessoalmente conhecendo o seu corpo. Do mesmo modo, a maneira de alguém conhecer a Cristo é conhecendo Seu corpo. Mas, se não houver uma expressão de Cristo, torna-se difícil para as pessoas O conhecerem apropriadamente.
A célula é uma expressão de Cristo, pois é Igreja. Nela, as pessoas podem conhecer a Cristo quando veem Sua expressão no corpo vivo. Mas, se a célula for muito imatura, ela terá dificuldade de ser uma expressão apropriada de Cristo. Para que seja uma expressão, o corpo deve amadurecer. Uma criança pode ser perfeita, mas seu corpo não pode expressá-la em plenitude, pois para isso ela deve crescer. Efésios 4.12 mostra que o corpo precisa crescer e aperfeiçoar-se até que todo o corpo chegue à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo.
O corpo precisa crescer e os membros devem funcionar apropriadamente. Essas são as duas condições básicas para que ele seja uma expressão da cabeça. Maturidade e funcionamento, estes são os dois objetivos que toda célula deve perseguir para ser expressão da Igreja.
O Corpo de Cristo está relacionado à vida, é algo orgânico e vivo. E cada um de nós é parte desse corpo onde circula a vida de Deus. A ilustração do corpo nos dá uma série de analogias que nos ajudam a compreender o que é a igreja.

a. No corpo, todos os membros são imprescindíveis
Até mesmo aquele membro mais difícil e complicado está no corpo para ser instrumento de aperfeiçoamento dos demais. Precisamos ser práticos com relação ao corpo.
A célula é a plenitude da Igreja e a expressão de sua vida. Assim, somente na célula todo membro pode ser envolvido e edificado, e perceber que é imprescindível.
Há situações em que nos sentimos incapazes de discernir a vontade de Deus, então nos unimos aos irmãos da célula e colocamos esse assunto em oração. Quando temos que tomar decisões sérias e paraedimos o conselho de irmãos, estamos reconhecendo nossa insuficiência e limitação; ao mesmo tempo, estamos reconhecendo que necessitamos do Corpo de Cristo. Reconhecemos que nossos irmãos possuem habilidades e dons que nós não temos e, portanto, podem nos ajudar. Reconhecemos que alguns são mais maduros e experientes, e podem nos orientar. Quando agimos assim, rapidamente descobrimos que cada membro do Corpo é útil e imprescindível. Assim, nos sentimos gratos por sermos parte de algo tão extraordinário e abençoador.
Nenhum membro do Corpo pode desempenhar as funções sem os outros membros. Não há membro isolado, pois vivemos no Corpo. Se eu cortasse minha mão e a colocasse em uma cadeira no outro lado da sala, ela ainda seria minha mão, mas não teria mais utilidade porque estaria separada dos outros membros do meu corpo. Só seremos úteis se estivermos conectados, porque Deus não pode usar membros desconectados do Corpo.

b. No corpo, todo membro deve funcionar
Evidentemente, cada membro possui sua função, mas há uma função comum a todos, como podemos ver em 1 Coríntios 12.15. Nesse trecho, Paulo diz algo muito interessante: “Se disser o pé... Depois ele reafirma: “Se o ouvido disser... Isso nos mostra que, na Bíblia, os pés falam, os ouvidos falam e os olhos falam. No Corpo de Cristo, todos os membros falam. Falar é uma forma de vivenciarmos a vida no corpo. É por isso que somos uma igreja em células, pois somente num grupo pequeno todos os membros podem funcionar falando.
É absolutamente fundamental que uma célula não seja a miniatura da celebração de domingo. Na célula, todos devem falar da parte de Deus – Paulo disse que todos podem profetizar. Uma célula onde apenas o líder fala, não é uma expressão da imagem do Senhor. Sendo assim, se o corpo é a expressão da imagem, então cada membro precisa cooperar, exercitando-se apropriadamente.
Cada um na célula é um membro do Corpo e, por isso, ninguém deve ser apenas um espectador passivo em uma reunião. A passividade traz um grande prejuízo para o Corpo, pois priva os demais membros de serem edificados e abençoados. Não digo que todos devem ser pregadores, mas precisamos ministrar vida a nossos irmãos. Existem irmãos que levantam a reunião apenas com sua presença; eles realmente ministram vida ao Corpo.

c. No corpo, os membros se cuidam mutuamente
Se um membro sofre todos sofrem com ele.
De maneira que, se um membro sofre, todos sofrem com ele; e, se um deles é honrado, com ele todos se regozijam. (1Co 12.26)
Os dons são dados aos membros não para competição ou demonstração de uma maior espiritualidade. O dom tem como objetivo o cuidado mútuo. O que fazer quando um membro está em necessidade? Meu paladar, por exemplo, gosta de pimenta, mas meu estômago não. Qual é a solução? Alguns forçam o estômago a gostar, então, todo o corpo sofre. Neste caso, o melhor é deixar de comer pimenta por causa do estômago. Se minha garganta está infeccionada, meu braço, que por acaso está muito bem, é quem sofre voluntariamente a dor da injeção de antibióticos para proteger o outro membro do corpo. Não é maravilhoso isso? Na célula nós protegemos e suprimos os outros membros que estão doentes.
Por outro lado, um único membro pode levar todo o Corpo a sofrer. Precisamos perceber quanto poder existe em um único membro, pois Igrejas têm sido destruídas por causa de um só membro. Quando temos revelação do que é o Corpo, somos cuidadosos com nossa vida, pois sabemos que nossas atitudes podem trazer dor e sofrimento para toda a célula, e mesmo para todo o Corpo de Cristo na igreja local.
Vamos tomar o câncer como exemplo. Como ele se propaga? São algumas células que se desenvolvem de maneira independente, sem a coordenação do corpo. O corpo não necessita que elas se multipliquem, mas essas células insistem em continuar se multiplicando de forma anormal. Elas só se importam com o seu próprio desenvolvimento. São células independentes que agem fora da autoridade do corpo. Crescem de forma desordenada e sugam toda energia disponível. Um corpo infestado por essas células cancerígenas rapidamente definha. Bastam poucas células independentes para destruir todo o corpo.

d. No corpo, nenhum membro age independentemente
Todos os membros estão sujeitos à cabeça, que é Cristo. A mão não se submete diretamente à cabeça, mas ela o faz através do braço. Assim, a autoridade da cabeça flui através dos membros.
Cada membro deve se submeter à autoridade direta da cabeça, mas também à sua autoridade indireta. A mão está sujeita à autoridade direta da cabeça, porém, quando o braço se move, a mão se move junto com ele, porque a mão se submete à cabeça através do braço. Por isso, aquele que possui revelação do Corpo de Cristo sabe que não é possível estar no corpo de forma prática sem se submeter a outros membros.
Se você possui sensibilidade espiritual, já percebeu que ao resistir à autoridade de seu líder de célula, um desconforto no seu espírito é gerado. Esse desconforto é o Cabeça mostrando que, afinal, ao resistir seu líder, é a cabeça que está sendo resistida. Ao reconhecer a autoridade do Cabeça, logo se percebe a autoridade dos outros membros, daqueles que estão mais adiante na vida espiritual. Você deve submissão a eles.
Deus tem colocado no Corpo membros que representam o Cabeça. Se você resistir a eles, estará resistindo a Deus. Precisamos de olhos espirituais para ver que existe autoridade em nosso Corpo, caso comtrário, todo o Corpo estaria em confusão. Imagine que o corpo sente fome, mas a boca se recusa a comer. O que acontecerá? Todo o corpo sofrerá. Embora somente um membro se recuse a se submeter, todo o corpo é prejudicado.

e. No corpo, todos participamos de uma mesma vida
O sangue simboliza vida. A vida de Deus circulando entre nós opera em nós o mesmo que o sangue faz em nosso corpo. O sangue faz pelo menos quatro coisas:
      • Mata os germes e protege o corpo;
      • Elimina as impurezas do corpo;
      • Leva energia aos membros;
      • Mantém a temperatura do corpo.
É maravilhoso ser parte do Corpo de Cristo. Isso significa que tudo o que diz respeito à Cabeça também se aplica a Seus membros. No Corpo de Cristo não há maldição ou enfermidade. Assim, como somos membros desse Corpo, também não há maldição nem enfermidade em nós. Onde a Cabeça está, todo o corpo também se encontra, por isso Paulo diz que estamos assentados com Cristo nos lugares celestiais, acima de todo principado e potestade (Ef 2.6). O destino da Cabeça é o destino de todo o Corpo.
Nunca descobriremos o espírito ou a alma de uma pessoa em algum de seus órgãos, membros ou glândulas. Em certo sentido, o espírito está em todos os membros do corpo. Em relação à Igreja, a Bíblia diz: “Em um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo” (1Co 12.13). Um membro do Corpo pode ser mais cheio do que outro, mas nenhum membro está sem o Espírito. Ser batizado pelo Espírito significa que pertencemos ao Corpo de Cristo. Ser cheio do Espírito significa que nosso corpo pertence a Cristo.

3. O Reino
Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos... (Ef 2.19)
A igreja é o reino de Deus. O termo concidadãos indica um reino, pois ser concidadão refere-se a participar de certos direitos civis, e estes estão sempre relacionados com uma nação ou reino. A igreja é o reino de Deus, e nós somos os cidadãos desse reino, com direitos e responsabilidades.
A respeito desse Reino, a Palavra de Deus diz que somos embaixadores. Estamos aqui para representar o nosso Rei. Como representantes temos privilégios, mas temos também a grande responsabilidade de expressá-lo apropriadamente.
A principal característica do reino é que se trata de um governo. Assim sendo, a Igreja é o lugar onde o Senhor governa. Quando o crente compreende a autoridade do Rei, ele está, de forma prática, introduzido no reino. No universo há duas grandes experiências: a primeira é crer para ser salvo e a segunda é ver a autoridade do Rei para a obediência.
A palavra reino pode ser usada no sentido de cidadania ou do espaço onde reina um governante, mas também pode ser usada no sentido de natureza – assim temos o reino animal, o reino mineral e o reino vegetal, cada um com sua natureza própria. Isso mostra que pertencemos a um reino de natureza diferente. Somos do reino espiritual, e nossa natureza é diferente daqueles que vivem no reino desse mundo.

4. A Família de Deus
Em quarto lugar, a igreja é a família de Deus, como podemos ver em Efésios 2.19. A família não é uma questão de direitos civis, mas, sim, de vida e comunhão. Em sua casa você não fala muito sobre direitos, pois lá você tem a vida do pai e a comunhão com ele.
Essa é a expressão da Igreja que mais nos agrada e da qual mais falamos. Não é por acaso que chamamos a todos de “irmãos” dentro da igreja. Fazemos isso porque somos mesmo filhos de um mesmo Pai, trazemos em nós a mesma natureza de vida, o mesmo DNA espiritual.
Quando falamos de família, estamos afirmando que temos uma mesma natureza e um mesmo tipo de vida. Somos nascidos na família porque fomos feitos filhos de Deus. Temos a sua natureza, trazemos o seu nome e somos participantes da sua herança.
A família também é o lugar de convergência. Podemos estar nos melhores hotéis, mas somente conseguimos descansar quando estamos em nosso lar. A família nos fala de desfrute e descanso, e devemos ver nossa célula dessa maneira. Ela não pode ser apenas uma reunião religiosa numa casa. A célula precisa ser o encontro caloroso da família.

5. A Habitação de Deus
Chegamos agora na definição que mais temos falado desde o começo. A igreja é também o lugar em que Deus habita. No capítulo dois da carta aos Efésios, lemos que todo o edifício cresce para santuário no Senhor. Os santos na Igreja local são edificados juntamente para habitação de Deus no espírito. Universalmente a igreja é o templo do Senhor, enquanto localmente é a habitação de Deus no espírito.
Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito. (Ef 2.20-22)
Esse trecho nos mostra que o edifício é a Igreja que está edificada sobre o fundamento dos apóstolos e profetas. O fundamento dos apóstolos é a revelação que eles tiveram. Esta revelação foi dada a Pedro e está registrada em Mateus 16. Cristo é o fundamento e alicerce:
Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei o fundamento como prudente construtor; e outro edifica sobre ele. Porém cada um veja como edifica. Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo. (1Co 3.10-11)
Mas Cristo também é a pedra angular, aquela que ficava nos cantos para suportar o peso da construção.
Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular. (Ef 2.20)
Além disso, o Senhor é também a pedra de arremate, a pedra que é colocada no topo quando a construção termina, como vemos no livro do profeta Zacarias:.
...Porque ele colocará a pedra de remate, em meio a aclamações: Haja graça e graça para ela! (Zc 4.7)
Assim, Cristo é tudo em todos. Ele é o começo e o fim, o alfa e o ômega.
Na pararimeira carta aos Coríntios, Paulo afirma que lançou o fundamento, que é Cristo, e agora cada um veja como edifica. Pedro diz que somos feitos pedras que vivem (1Pe 2.5), e somos, juntos, edificados casa espiritual para a habitação de Deus. A Igreja como edifício não cresce apenas porque mais pedras vivas são acrescentadas, mas também porque as pedras estão crescendo (Ef 2.21).

O propósito de Deus é edificar Sua habitação no universo. O céu não é a habitação permanente de Deus, apenas Sua residência temporária. A Bíblia revela claramente que o Senhor está vindo para habitar em sua habitação eterna, que é a Nova Jerusalém.
Deus tem um propósito eterno para levar a cabo. O que Deus quer realizar é a edificação de Sua eterna habitação, que é a união do Deus triuno com a Igreja. O propósito de Deus é edificar uma habitação eterna para Si mesmo e para Seus escolhidos.

6. A Noiva de Cristo
Efésios 5:31-32 nos mostra a igreja como noiva, a esposa, de Cristo. Uma noiva visa à satisfação do noivo. Na época em que Adão estava sozinho, a Bíblia diz: “Não é bom que o homem esteja só” (Gn 2:18). Esse versículo indica que, quando estava só, Adão não tinha felicidade nem satisfação; ele necessitava de uma esposa. Concluímos que a noiva visa a felicidade e satisfação. O dia do casamento de um homem é um dia de satisfação e felicidade. Visto que Cristo ama a igreja, ela é Seu prazer e satisfação.
A igreja é como a auxiliadora idônea. Isto significa que somos do mesmo tipo, da mesma natureza, podemos nos casar com a divindade. Para Adão não se achava uma auxiliadora idônea, Deus então criou Eva e a trouxe para ele. No universo não há outra senão a Igreja para se unir a Cristo. Como Eva foi tirada de Adão, nós fomos formados em Cristo e de Cristo. Assim como o marido e a esposa se tornam uma só carne nós seremos um só com Cristo pela eternidade.
Deus deseja ser recebido para dentro dos homens, assim formando sua noiva com quem deseja casar-se. Casamento é a figura de uma comunhão maravilhosamente estreita, sem limites cuja base é o amor. O que nos une a Deus e o que une Deus a nós? É o amor.
Toda a história é o relato de um maravilhoso romance entre um Deus que empenha tudo para ter-nos nesse nível de comunhão tão estreita cuja base é o amor. Que amor maravilhoso!
Esse casal, entretanto, deveria ter a mesma natureza. É impossível misturar ou ligar intimamente coisas cuja natureza são incompatíveis. Eva deveria ser tirada daquilo que Adão era em si mesmo, doutra sorte não poderia haver comunhão, nem casamento.
O mesmo ocorre com a Igreja. Éramos todos filhos do homem. O noivo era Filho de Deus. A encarnação foi a divindade entrando na humanidade. Ele era o protótipo de uma nova raça, era o segundo Adão, o Uni-Gênito. Aquele que era o único gerado.
Para haver casamento deveríamos ser da mesma natureza que Ele, deveríamos a sua vida, isto é, daquilo que Ele é em si mesmo. Na ressurreição isto acontece, Cristo veio ser a minha vida.
Hoje sou filho do homem com o Filho de Deus dentro de mim. Pode haver casamento agora, aleluia! Somos semelhantes, temos a mesma natureza.
Quando falamos da união de Cristo com sua noiva a Igreja precisamos também considerar um outro aspecto fundamental: a noiva veio do noivo, assim como Eva veio de Adão.
Eis por que deixará o homem a seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, e se tornarão os dois uma só carne. Grande é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja. Ef. 5:31-32
Nesse versículo Paulo está aqui citando Gênesis 2:23 que diz: “E disse o homem: Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne; chamar-se-á varoa, porquanto do varão foi tomada”. Aqui está a definição da mulher: é alguém que do varão foi tomada.
Em Gênesis 2 nós vemos o processo da formação da mulher e a sua união com o homem.. Nesse processo o primeiro passo é uqe Deus viu que não era bom que o homem estivesse só. Adão aqui é apenas um tipo, uma ilustração de Cristo. Lembre-se que Adão era apenas uma foto, uma ilustração do verdadeiro Adão que é Cristo.
Em segundo lugar precisamos considerar a palavra auxiliadora. Não havia nada idôneo para homem. Idôneo significa à altura, do mesmo tipo, da mesma natureza, algo que se pode usar para complementar.
Deus mandou que Adão colocasse nome nos animais para que ele percebesse que não havia nenhum que pudesse ser seu complemento. Era como se Adão dissesse: eles não se parecem comigo, como posso tê-los como companheiros?
Deus então começa o processo de trazer Eva à existência. E o primeiro passo é fazer o homem dormir. Na Bíblia dormir simboliza morrer. O Senhor Jesus teve de morrer para trazer à existência a sua noiva. Por três dias e três noites ele esteve dormindo o sono da morte.
Jesus foi o grão de trigo que caiu na terra para morrer e crescer e gerar muitos grão (Jo.12:24) para fazer o pão que é o seu corpo e o corpo é a Igreja. (I Cor. 10:17).
Mas um dos soldados lhe abriu o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. João 19:34
O sangue é para redenção (Hb 9:22, I Pe. 1:18-19), mas o que significa a água? I Cor. 10:4 diz que a água saiu da rocha fendida no deserto. A água é para dar vida.
Eva foi formada de uma costela de Adão. Isso significa que a igreja sai de Cristo. Somente aquilo que é proveniente de Cristo pode ser igreja. Tudo o que não é Cristo não é igreja. Assim como Eva era uma outra forma de Adão, a Igreja é apenas outra forma de Cristo. A Igreja é exatamente Cristo.
Tudo o que é natural, do ego, do homem não tem parte na igreja e não pode ser usado na sua edificação. A questão da fonte, da origem das coisas é a primeira lição na vida cristã.
Se o sono de Adão simboliza a morte de Cristo; então o seu despertar representa a ressurreição. Quando Adão viu a Eva disse: esta afinal é osso dos meus ossos e carne da minha carne. Tenho visto bois, leões, peixes e aves, mas nenhum deles poderia fazer par comigo.
É por isso que podermos ser um com Cristo, porque somos carne de sua carne e osso dos seus ossos. Somos da sua natureza. Podemos ser seu par.
Adão e Eva tornaram-se uma só carne, mas hoje Cristo e a Igreja são um só espírito (I Cor. 6:17). Se compreendermos o significado desta união teremos a nossa vida cristã completamente transformada.
O objetivo de Deus é ser um com o homem. Ele alcançou isso pela cruz e pela ressurreição. Esse tornar-se uma só espírito é um grande mistério na Palavra. Primeiro porque fala de uma união tal entre Deus e os homens que parece nos levar a sermos divinos sem sermos Deus.
Por outro lado mostra que a igreja não é uma questão de vários cristãos estarem juntos com diversos outros cristãos. Não é uma questão de muitos homens, mas de uma vida. A Igreja só é igreja porque possui muitos homens que têm a mesma vida que é Cristo.
Cada um de nós tem uma porção de Cristo e quando estas porções de Cristo são colocadas juntas então temos a igreja.

7. O Exército
Finalmente, o texto de Efésios 6 revela que a Igreja é um exército. E, como tal, ela lida com o maligno e o derrota.
Em Efésios 6, o guerreiro e sua armadura são mencionados justamente depois que é falado da Igreja como noiva. Isso acontece por duas razões: primeiro porque o melhor guerreiro é aquele que ama. Segundo, porque a Igreja como noiva se submete ao noivo e, num exército, a submissão é a atitude principal. Na verdade não há exército sem submissão. Para a guerra, Deus precisa de noivas e não de guerreiros contratados ou mercenários. A paixão é nossa motivação nessa guerra, não a recompensa humana.
Se reunirmos esses sete aspectos, teremos uma definição da Igreja como 1Corpo para expressar a imagem de Cristo,2 como reino exercendo domínio por ele,3 como família desfrutando de vida e comunhão, 4como habitação de Deus para que sua glória repouse sobre nós, 5como noiva para a satisfação de Cristo,6 e como exército para lutar a batalha e derrotar o inimigo, a fim de que Deus realize Seu propósito eterno. Essa é a Igreja.
Todo artista possui muitas obras, mas há uma que é sua obra-prima. Assim, Deus criou todas as coisas, mas dentre todas elas, a Igreja é Sua obra-prima.
Ficamos ainda mais admirados com o que Deus fez quando nos lembramos de quem éramos. O Oleiro pegou do pior barro, contaminado e impuro, e agora está nos transformando numa obra-prima. Tudo isso é para que, “pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades nos lugares celestiais” (Ef 3.10).
Toda obra-prima é para ser vista e admirada. E chegará o dia em que toda a criação verá a manifestação dos filhos de Deus. Hoje a obra ainda não está pronta, mas Ele trabalha em nós para aquele grande dia.


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